terça-feira, fevereiro 10, 2004

MUDDANÇA



Muitos de nós já conheciam a eXperiência Gabriel OD2, ainda não sabíamos é que se tinha tornado Nº1 na Europa!

A MUDDA tem um manifesto. Eu gosto de manifestos, desde o anti-D até qualquer outro que se proponha abanar, fazer ver aquilo que já se nos depara, irritar o politicamente correcto leftish do poder mediático, ou apenas poetisar surrealizando o presente social.

Talvez a única razão válida para nos deslocarmos ao festival brasileiro que os portugueses não conseguiram organizar em Lisboa, Peter Gabriel continua em demanda pessoal. E não muito diferente daquele Gabriel que actuava em Cascais, em 1975, na sua derradeira tour com os Genesis de Lamb Lies Down. Estava de saída, à frente, (muito) à frente de Collins. Como explicaria mais tarde, em «Solsbury Hill», «I was feeling part of the scenery / so I got out of the machinery...».

Gabriel não vê a realidade passar. Direcciona-a, por muito que isso custe a acreditar a todos aqueles que acham que o nosso destino já foi traçado por uma força gravítica endeusada. A muddança está (literalmente) no ar.