VINIL 4Ever
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Não, não são malucos aqueles que ouvem discos de vinil em sistemas milionários, antes boas pessoas (definição deaqueles que dependem da música para viverem) com posses financeiras para tal. Mas não, não vamos tão longe...
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Confesso que fui (e sou) vítima do cd. Sempre na ponta do interesse pela tecnologia, aderi ao cd como religião e esqueci-me da colecção do «antes» que teimosamente me continuava a espreitar daquele móvel moderno de sala com as dimensões exactas para agrupar, em três filas verticais, uma amostra da minha colecção de vinil A.Cd. Mas não, não há volta a dar-lhe... Damn the mp3, cds e mini-discs, esse som não é O SOM!
Não, aqui não haverá alinhamentos feitos pelo ouvinte, e a picagem de temas em ordem não planeada pelos autores pode custar alguns ruídos menos confortáveis em futuras audições. Lado A, lado B, virar o disco e ouvir. Como é uma nova geração ouvirá o vinil, sendo que não cresceu com esse som nos seus ouvidos, eu diria mais, no seu imaginário? Certamente, com desconfiança, mas também com o momento-descoberta de poder ouvir, pela primeira vez, algo que soa a diferença. Quente, orgânico - non-digital para ser mais correcto.
Um dos pesos pesados dos coleccionadores de vinil deste país, e um dos homens chave da música em ondas hertzianas, informava-me, entre charutos, que alinha na sua hiper colecção o triplo vinil de «Ser Maior», dos Delfins. E falou-me na criação de um clube de Vinil Nacional... Fica prometido, o próximo disco que editar será também um disco de dimensões sérias, e não só essa mísera rodela-base-de-copo que mudou o som da música dos que a haviam mudado.
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