THE SUN AIN´T GONNA SHINE ANYMORE?
Juro que foi a primeira vez, mas confesso:hoje comprei o The Sun.
Comprei o The Sun porque os jornais portgueses estavam todos tristes e cinzentos, mas não só. Aliás, a verdadeira razão de ter comprado o The Sun tem a ver com o facto de o ter espreitado, num café da vila. Não, não foi a pág.3, mas outras páginas em que se descrevia a jornada do reality show do momento nas ilhas, o «I'm a Celebrity - Get Me Out of Here!».
Mas nunca seria um reality show que me levaria a comprar o The Sun. A verdadeira razão é que um dos principais elementos dessa já não tão nova ideia de programa, i.e., pôr famosos a fazer figuras tristes, é, nem mais nem menos, que um dos meus anti-heróis da música popular: John Lydon, ex-Johnny Rotten, vocalista dos Sex Pistols, e único punk verdadeiro reformado à face da Terra.
John esteve sempre do contra. E está, ao ponto de fazer aquilo que o público não espera dele, levando mais longe o Situacionismo punk e a lógica da Sociedade do Espectáculo do que qualquer outro artista armado em intelectual.
Embora musicalmente se tenha perdido e rendido ao negócio imobiliário de uma ideia de LA que combatia enquanto novo, primeiro do outro lado do Atlântico, e depois no próprio solo americano (onde, aliás, acabou com os verdadeiros Sex Pistols), em nada a sua conduta deixa de fazer e desfazer sentido. Depois de ter alcançado notoriedade outra vez com a Rotten Radio online, agora desmancha esse regresso à actividade de comentador jocoso com a sua presença neste concurso, ao lado de cantores falhados e ex-jogadores de futebol, modelos aumentados e figuras de 2ª e 3ª linha.
E o «pior» é que os ingleses estão a adorá-lo, como personagem! Os mais novos descobrem-no agora - ouvindo falar de uns lendários Pistols... - sendo conquistados pelo seu swearing e ar de boneco embirrento do Senhor dos Anéis! Ou seja, em termos de comeback mediático, Lydon é bem, capaz de se tornar no novo Ozzy Osbourne, e pior ainda, qualquer dia participar na próxima gala que ocorrer nos jardins de Sua Majestade onde, pasme-se, poderá muito bem cantar o subversivo «God save the Queen»!
Comprei o The Sun porque os jornais portgueses estavam todos tristes e cinzentos, mas não só. Aliás, a verdadeira razão de ter comprado o The Sun tem a ver com o facto de o ter espreitado, num café da vila. Não, não foi a pág.3, mas outras páginas em que se descrevia a jornada do reality show do momento nas ilhas, o «I'm a Celebrity - Get Me Out of Here!».
Mas nunca seria um reality show que me levaria a comprar o The Sun. A verdadeira razão é que um dos principais elementos dessa já não tão nova ideia de programa, i.e., pôr famosos a fazer figuras tristes, é, nem mais nem menos, que um dos meus anti-heróis da música popular: John Lydon, ex-Johnny Rotten, vocalista dos Sex Pistols, e único punk verdadeiro reformado à face da Terra.
John esteve sempre do contra. E está, ao ponto de fazer aquilo que o público não espera dele, levando mais longe o Situacionismo punk e a lógica da Sociedade do Espectáculo do que qualquer outro artista armado em intelectual.
Embora musicalmente se tenha perdido e rendido ao negócio imobiliário de uma ideia de LA que combatia enquanto novo, primeiro do outro lado do Atlântico, e depois no próprio solo americano (onde, aliás, acabou com os verdadeiros Sex Pistols), em nada a sua conduta deixa de fazer e desfazer sentido. Depois de ter alcançado notoriedade outra vez com a Rotten Radio online, agora desmancha esse regresso à actividade de comentador jocoso com a sua presença neste concurso, ao lado de cantores falhados e ex-jogadores de futebol, modelos aumentados e figuras de 2ª e 3ª linha.
E o «pior» é que os ingleses estão a adorá-lo, como personagem! Os mais novos descobrem-no agora - ouvindo falar de uns lendários Pistols... - sendo conquistados pelo seu swearing e ar de boneco embirrento do Senhor dos Anéis! Ou seja, em termos de comeback mediático, Lydon é bem, capaz de se tornar no novo Ozzy Osbourne, e pior ainda, qualquer dia participar na próxima gala que ocorrer nos jardins de Sua Majestade onde, pasme-se, poderá muito bem cantar o subversivo «God save the Queen»!
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