sexta-feira, janeiro 30, 2004

A Midnight Summer's Tale

Corria o Verão de 1979, já passava da meia-noite, e abandonava a arena que essa noite tinha alternado a música. De cabelos brancos do pó que saltara durante todo o festival, só pensava em levantar-me bem cedo e dirigir-me à discoteca das Arcadas do Parque, no Estoril, entrar na cabina, e escutar o disco que acabaria por ter de comprar urgentemente.
Os polémicos Skids, tinha-os descoberto mais um pouco naquela noite de rock na arena, ao lado dos Tourists (mais tarde Eurythmics), 999, Original Mirrors, Panchito and the Hi-Rockers e UHF. Tinham um som diferente, a guitarra de Stuart Adamson (RIP, Big Country) soava como uma gaita de foles com distorção e a postura forte da banda cativou-me na hora. Entre bandas, ao meu aceno, Stuart Adamson retribuiu admirado do palco. A seguir ao concerto dos Skids, foi o próprio Stuart que me espantou, ao vir junto das grades e cumprimentar-me pessoalmente... A partir daí não tive mais dúvidas de que era um grupo que mereceria toda a minha atenção.
Para muitos os Skids eram um grupo estranho ou mesmo detestado - não toleravam aquela capa ilustrada com o poster dos Jogos Olímpicos de 1936... - e não suportavam o lado mais arty que Richard Jobson assumia e sobrepunha ao rock pós-wave da altura (Jobson gravaria, depois dos Skids, com os The Armoury Show e a seguir a solo, além de algumas interessantes incursões na poesia - «The Ballad of Etiquete», Cocteau declamado sobre fundo de Virginia Astley, um Lp brilhante ainda hoje!. Depois de assinar crítica de cinema, editar um livro, e ser apresentador da VH1 (!), Jobson realizou o ano passado a sua primeira curta metragem , «16 Years of Alcohol»).
Há momentos vagos e únicos. Acabo de receber o vinil de «Badman», um disco de certo modo menor na carreira de Jobson, já em finais dos 80´s. Mas aquele concerto, naquela noite de Verão, aquele aperto de mão, por mais lamechas que me/vos possam parecer hoje em dia, tornaram a aventura dos Skids e as seguintes desventuras de Richard Jobson e Stuart Adamsom, até hoje e sempre, parte da minha vida imaginário-musical diária.



«Peaceful Times»
R.Jobson

I casted out the image from my mind
Where did the mission say to leave a sign
On the tables, books of Paris start to shine
Oh, the world ensembles as we dine
Let's talk of Jackals and drink sweet wine
Peaceful times, Rome and Paris are so fine

Oh I'm sure I'd like to move on
Egyptian girls hide by the moon

Stand by monumental toys
Stand by me and cure turmoil
Stand by me exquisite boys
Stand by me and feel new soil

I sacrificed the method of my dreams
On the latter, these new poets, stole the scene
Oh, I'm sure I feel I can't betray
Egyptian girls can only say
In peaceful times new writers flow
In peaceful times new writers know

In peaceful times new winds can blow
In peaceful times new winds can grow

Oh, winter and the palaces and wines
My these messages that sweep the mind
Oh, I'm sure that I must carry non
Egyptian girls don't last for long

Stand by me, the snow has come
Stand by me, Oh do not run
Stand by me, the summer is fun
Stand by me, in animation