quinta-feira, abril 29, 2004

SOMOS TODOS ESPANHÓIS

A ministra da Cultura espanhola, Carmen Calvo, anunciou esta quinta-feira que o Imposto de Valor Acrescentado (IVA) sobre os produtos musicais vai baixar de 16% para 4%, uma redução que também se reflectirá nos livros, de 4% para 1%, de acordo com o prometido pelo PSOE durante a campanha eleitoral
Ao baixar o IVA para 4%, os produtos musicais contribuem para que «paguemos os bens do nosso país», sustentou a ministra, acrescentando que assim «os cidadãos compram cultura e os criadores podem viver da profissão».

Tornar os produtos mais baratos também vai contribuir para reduzir a pirataria, afirmou Carmen Calvo, em declarações à Cadena SER.

Em Portugal, os discos, CDs e DVDs continuam a sofrer do efeito de uma taxa de IVA de 19%, uma das causas apontadas para a crise da indústria discográfica nacional.


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Euro aparte

Junho: de todas as selecções, a do MOZ parece-me a mais interessante...

terça-feira, abril 27, 2004

1GRANDEFIM-DE-SEMANA

Não pude estar presente :( mas posso ouvir aquilo que perdi in person. Franz Ferdinand, Ash, The Streets e, claro, Keane.

ÍDOLOS de hoje

A indicação é que estes ídolos participam em mais um daqueles concursos de TV... Irmãos e irmãs: digam-me que eles estão a gozar!!!

EU VOU

Ao Paul Weller em Londres...
E podem ficar com o Rock in Rio só p'ra vocês...

segunda-feira, abril 26, 2004

26 de ABRIL - o dia seguinte

Ouvi na SIC Notícias e encaixei. Em muitos dos casos, especialmente no século passado e anteriores, «Um exército, quando perdia uma guerra, fazia sempre uma revolução». Uma maneira do poderio militar imputar ao poder político a sua derrota estatego-militar? Sabe-se que a guerra de África, em vésperas do 25 de Abril, estava praticamente perdida, e com grandes difculdades nos seus aspectos logísticos - um autêntico fardo despesista para a nação! Mas será que se o exército português tivesse ganho a guerra do Ultramar, neutralizando todas os forças de resistência africanas a tempo, teria levado a cabo, de igual modo, a revolução dos cravos, libertando este país do seu sistema caduco? Será que os militares de patente, depois da vitória, premiados com cargos administrativos e militares por todas as ex-colónias, teriam a vontade necessária para o golpe de Estado? Afinal, 30 anos depois, continua a haver matéria para reflexão...

domingo, abril 25, 2004

HÁ VIDA ANTES DA POP

É bom ler que os FF, além de fazerem óptima música, também sabem o que estão fazer. A ler e decorar por muita banda cá por estas bandas...



FRANZ HAVE A POP!

FRANZ FERDINAND have hit back at claims that the band have 'sold out'.

The 'Take Me Out' stars, who released new single 'Matinee' this week, claim that the much of the alternative music world suffers from "artificial modesty".

Frontman Alex Kapranos explained that the band are very ambitious. He told VH-1: "Alternative music sometimes suffers from an artificial modesty. It’s like, ‘Oh, please forgive me for my errors and my abilities, I'm really not trying that hard,’ when in reality, anybody who's in a band is ambitious. We wanted to play pop music. It's that simple."

"People think because of our artist background that we're going to be some strange, experimental band, but we're not at all. If you look at the other bands that have come from that background, you see the same thing. Talking Heads, The Who, even The Beatles were all art school bands, but it doesn't mean they're going to be sitting there with some contrived situation."

"We don't see ourselves taking over the world or anything. I like the idea that people might see us [on TV] and say, ‘I could do something like that’. I like the ‘Sniffin' Glue’ (fanzine) attitude, ‘Here are three chords, go and form your own band.’ It's almost ludicrous for us to be in a domain completely taken over by manufactured pop bands and ‘Fame Academy’. I hope people will see us and go, ‘Yeah!’"

"I'd say Duran Duran and The Fall were equally influential on the band," explained Kapranos. "To me Duran Duran and The Fall is pop music as much as Duran Duran is pop music. If you listened to what Duran Duran and The Fall actually listened to themselves, it was all Motown and Northern Soul.

"Their leader Mark E. Smith would get the musicians in a room and say, ‘Play something that sounds like The Beatles. In their heads they're playing something like it's pop music. That's the way we feel about it as well. It's pop music."


in nme.co.uk

sexta-feira, abril 23, 2004

KEAN ON ME




as cidades ah as cidades ah barcelona é sempre sempre uma cidade especial espacial onde as ruas nos levam a outras que nos levam a outras e de volta às mesmas e depois resta-nos descobrir os casulos os entraves e as células onde se vivem momentos onde acontece o irrepetível onde se ganham perdem oportunidades se descobrem riquezas incalculáveis à lupa humana sim keane foi uma raridade porque eu sei do que falo e a energia está lá quando está lá sem esforço apenas paixão e no futuro brilhante apenas por momentos se repetem momentos mágicos e sinceros como aquele momento da musica popular a que presenciei devoto e peregrino onde quer que ela a musa música me leve sim venho mais leve do peso que ganhei daquilo que absorvi um dia ainda hei-de ouvir aquelas canções e estar noutro lado mas aqueles minutos ali tão perto ali ninguém me limpa da memória sim as cidades mudam-nos nós mudamos as cidades nós mudamos nas cidades as cidades não mudam assim do pé para a mão mas os nossos pés desgastam o caminho e as ruas ficam mais vincadas mesmo se insistirem em nos ignorar mesmo que nós nos escondamos debaixo de uma pala de um chapéu que se adquire para passar despercebido de quê? de quem? de apenas duas três pessoas talvez mais quinze vinte que viram várias vezes a cabeça queremos liberdade absoluta mas somos poucos sim somos muito poucos em barcelona são mais os franceses japoneses alemães brasileiros e os portugueses nos quais por estes últimos dias tive a verdadeira sorte de não me incluir não estão por lá não viajam ficam presos ao seu fraco imaginário monetário e tratam-se como se ainda vivessem no tempo salazar ou enquanto no tempo cuba e não crescem não se soltam à solta mas eu gostava de ver mais portugueses em barcelona mas que eles não me vissem.

segunda-feira, abril 19, 2004

COVER

quer por vezes dizer capa outras tantas versão há mesmo versões imbatíveis mas antes da POP as versões não eram bem versões eu explico quem cantava e depois gravava a primeira versão de uma canção lá está a 1ª já era versão por isso não sei se alguma foi original alguma vez excepto aquela em que o compositor não intérprete vocal escrevia ao piano sobre linhas direitas de música o seu pedaço de obra mas dizia eu que não sei se foi primeira versão a do frank sinatra ou a do lou rawls sei que a do chet baker deve ter sido depois a julgar pelo ar da sua voz e a da barbara streisand foi definitivamente depois depois mas «send in the clowns» de stephen sondheim é uma das mais belas canções sobre a inevitabilidade do fim das coisas e de como tanto de belo podem ter o desapontamento e o não dar certo que nos levam a ouvir vezes sem conta canções contra a alegria que deve haver em nós como pedia o bach nos seus momentos finais afinal o sorumbático proporciona o vôo e o contrário e a constatação é uma solução despida de ironia isn't it rich? isn't it bliss? don't you love farce?


"this could be the end of everything
so why don't we go
somewhere only we know"

a pouco mais de 24h até ao embate não consigo parar de ouvir estes neoclássicos temas keane algures entre os radiohead do início e mellow power u2 this could be the begginnig of everything las ramblas here i go again fast fast fast in the airobhan rumo à fonte da eterna juventude via husa oriente prometo voltar fascinado + 1 x

domingo, abril 18, 2004

ESCURIDÃO VS LUZ NEGRA

Os The Darkness tocam no Festival Lisboa, no dia do Iggy POP.
Os The Darkness são um fenómeno POP, hilariante para aqueles que apreciam as retrovoltas da música POPular.
Os The Darkness irritam aqueles que não têm sentido de humor POP.
Os The Darkness são um caso sério de POPularidade, mas não se sabe se irão durar.
O POP, e o próprio Iggy, ninguém sabe como é que duram!
O Festival de Lisboa é o mais POP de todos os festivais e é o mais retro (Deep Purple, Cheap Trick, Status Quo, Bowie...) e além disso é o único festival que não explora músicos portugueses.
O Iggy POP dá uma tareia aos Pixies e aos Foo Fighters.
Os The Darkness são tão POP que até cintilam.
O Iggy só é POP de nome, ou talvez não, «The Idiot» é um grande álbum de Rock com atitude POP.
Eu gosto muito de POP mas nada de POP sem atitude Rock.
A boa música electrónica tem atitude Rock, mesmo quando é POP(!).
Os The Darkness tocam no Festival de Lisboa, o melhor festival urbano-POP deste ano em Pt.
Eu já estou lá.

quinta-feira, abril 15, 2004

THE HAPPY GOTH



Amanhã a luz verde? e terça próxima guiado pela música e pelo romance que paira sempre no ar enformado pelas ruelas do bairro gótico alone in the dark light regresso a barcelona sim também vi o adolescente filme a residência aubergue espanhol mas lembro-me sobretudo da praça george orwell de umas botas gastas caríssimas que hei-de levar para a cow boy cova das ramblas mid-madrugada e dos prédios em movimento mas sim está tudo a postos para ir conhecer mais música nova mais espírito novo keane de seu nome no guitars only piano bass & drum ir e voltar flash de road movie de esgar acelerado e nos headphones the happy goth que neil hannon tão bem escreve e canta na sua nova velha comédia divina.

terça-feira, abril 13, 2004

RETRO

Adivinho um novo período retro na minha vida de escuta. Não é por acaso que há uma semana que oiço ininterruptamente os The Coral e agora os The Stands. Ambos soam a épocas passadas, com particular relevo para a popsichadelia late 60's e pré-hippiesmo West Coast.
Este ano de 20 anos ouvidos doutra maneira tem certamente culpas no cartório... Chegou-me hoje o tão desejado «An Afternoon in Company», de Richard Jobson, soberbamente acompanhado, no seu ofício de diseur, por nomes como o Wim Mertens, Vini Reilly (Durutti Column) e Paul Haig. O disco é de vinil, originário da Bélgica (Les Disques du Crépuscule) e data de 1984. É um disco datado de todos os tempos...
Ser retro é ser datado. De todos os tempos, acho eu. Agora que o vocalista dos The Darkness vai substituir Freddy Mercury nos Queen para um espectáculo muito especial, e que nomes como o Iggy Pop, Pixies, Cheap Trick, Deep Purple, Status Quo e outros visitam este Portugal 2004, não haverá melhor maneira de passar o Verão do que assumirmos o ser retro como algo de bom. E esperem pelas pancadas nas pistas de dança que irão crescer desde Cascais, pois o disco sound também voltará para ficar!

segunda-feira, abril 12, 2004



Esqueçam. Se não gostam do homem, se não o suportam mesmo, se o acham um pedante, faux director etc e tal, esqueçam. Não vão ver «The Brown Bunny». Se não engolem o facto de Gallo fazer todos os papéis artísticos e técnicos dos seus filmes e projectos - actor principal, realizador, director de fotografia, camera man, músico, engenheiro de som... - então não vão gostar certamente do filme que tanta polémica e rabos dos assentos levantou em Cannes. Se não suportam mesmo a cara do homem... Bem, no filme a nuca é que protagoniza! Gallo aparece realmente em grande plano em 75% do filme, embora muitas vezes de costas, outras tantas desfocado, desenquadrado... Agora se, à partida, embirram mesmo com ele, se Vincent Gallo é o vosso the man you love to hate... Não vão ver. Vão odiar.

Por outro lado... Se acham que o cinema contemporâneo não tem forçosamente de contar uma história fechada, se acreditam que o que vale no cinema são os momentos em detrimento da acção, se acham que a banda sonora é elemento superlativo nos bons filmes, se preferem um bom confronto de situações interiores a um guião escrito a muitas mãos da indústria, se preferem uma boa ideia para ser discutida do que a explicação de muitas... Bem, podia ficar aqui horas perdidas.

«The Brown Bunny» é um Filme. P(r)onto. Preconceitos aparte sobre o super protagonismo de Gallo em todas as áreas, é um brilhante road movie que ilustra uma viagem pós-traumática, e mais não irei aqui revelar. Não é um filme de sensações mas sim de sentimentos, sentimentos contraditórios na luta interior da mente com o corpo. E que «pinta» a relação com os outros. Sim, é minimal, muito minimal mesmo, mas maximizante no seu resultado sobre nós. É que assistindo a «The Brown Bunny» podemos respirar para fora e expirar para dentro, o melhor que um filme nos pode proporcionar. Como dizia alguém num concerto dos Pink Floyd em Paris, circa 1975, «O ar é música, respiramos pelos ouvidos». Aqui a frase completa-se:«O ar é imagens e música, respiramos pelos sentidos».

sexta-feira, abril 09, 2004

ABERTO ATÉ DE MADRUGADA

Ontem foi noite de «Paisagens Americanas», no Teatro Aberto. «Road Trip», «Merge» e «Land of the Dead», são três peças «state of the moment», escritas para teatro-cinema pelo cineasta-dramaturgo Neil LaBute. LaBute é sem dúvida um dos argumentistas contemporâneos mais importantes, a voz da América, de outra América, de Salt Lake City dos mormons até à Big Apple das horas da derrocada de 11 de Setembro. A derrocada das relações humanas, tal como da relação que temos com nós próprios, sempre foi o universo das «cenas» de LaBute. «Paisagens Americanas» não é excepção. Com encenação individual e conjunta de Rui Pedro Tendinha e João Lopes, que nos apresentam 3 belos storyboards acompanhados de música escolhida a preceito, estas paisagens são os nossos caminhos interiores mentais, dissecados às vezes até à exaustão linguística, e mesmo sendo americanas sentimo-las dentro de nós. E é bom vermos em palco novos actores de entrega, lado a lado com alguns antes não actores, como o cada vez mais excelente Pedro Lima ou a cada vez mais work in progress Sofia Aparício. Tal como em «Socos», também de LaBute, o Teatro Aberto aposta visionariamente na nova comunicação, desprendendo-se inteligentemente dos clássicos não clássicos do teatro independente tipificado.
Vem aí «A Forma das Coisas», no ciclo LaBute, já editado em DVD no nosso país- e que belo filme! - e será certamente mais um espectáculo a não perder.
Ao assistir a estas viagens interiores, mais separei as águas entre o suficiente menos «Lost in Translation», de Sofia Coppola e o excelente e odiado «Brown Bunny», de Vincente Gallo: enquanto que a colegial Coppola corta o seu filme com planos fixos de túneis em Tóquio mais os arranha-céus em velocidade de luz on/off, autêntico exercício universitário manipulador chapa 3, Gallo deixa o ar vazio ser cinema - a sua nudez de autor - e fornece o oxigénio para que o respirar da audiência individualmente e em conjunto (e é por isso que será sempre bom ir ao cinema) cole no filme a história da viagem interior a que nós, como espectadores, todos temos direito.

quinta-feira, abril 08, 2004

Venha o dIABO e Venha ao dIABO!

Informa-me o Paulo Dias, encenador da Animateia, que a adaptação teatral de «Venha o dIABO e Escolha» já tem data marcada! A estreia será a 20 de MAIO.

As restantes representações estão marcadas para os dias 21, 22, 28 e 29 de Maio e 04 e 05 de Junho, sempre às 21h30, nos Recreios da Amadora.

É sempre bom para o autor conviver (em carne e osso!) com os seus fantasmas.

segunda-feira, abril 05, 2004

AGENDA UTÓPICA POSSíVEL PARA UM FUTURO PRÓXIMO - do you wanna ride? booking

20_04 Keane Razzmatazz Barcelona. :)

28_04 Portugal: Uma Comédia Musical estreia enc:António Feio mús:Sérgio Godinho. :) (a 24)

20_05 Venha o dIABO e Escolha... estreia enc:Paulo Dias, Recreios da Amadora. :)

28_05 Paul McCartney R 'n'R Lx. ok?

29_05 Peter Gabriel R 'n'R Lx. ok?

03_06 Paul Weller Royal Albert Hall Londres. :)

11_06 Fatboy Slim SBSR Lx. :( :)?

29_06 Etienne Daho Zénith Paris (e talvez, TALVEZ com Charlotte Gainsborough in duo «If»!!!). ok?

16_07 Darkness(!) + Iggy Pop & The Stooges F.L. Lx. ok?

17_07 David Bowie F.L. Lx. ok?

keane_20_04_barcelona

Keane - Somewhere Only We Know


I walked across an empty land
I knew the pathway like the back of my hand
I felt the earth beneath my feet
Sat by the river and it made me complete

Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and i need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and i need somewhere to begin

I came across a fallen tree
I felt the branches of it looking at me
Is this the place we used to love
Is this the place that i've been dreaming of

Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and i need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and i need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go
talk about it somewhere only we know
this could be the end of everything
so why don't we go
somewhere only we know

Oh simple thing where have you gone
I'm getting old and i need something to rely on
So tell me when you're gonna let me in
I'm getting tired and i need somewhere to begin

And if you have a minute why don't we go
talk about it somewhere only we know
this could be the end of everything
so why don't we go
somewhere only we know

this could be the end of everything
so why don't we go
somewhere only we know


quinta-feira, abril 01, 2004

we love football

coe

Ora aí está uma boa notícia verdadeira para começar este Abril.
Li «A Casa do Sono» há 2 Verões (ou seriam 3?) e descobri este novo autor britânico, Jonathan Coe. Procurei «Os Anões da Morte», sobre os inícios de uma banda rock, com todos os seus armários esventrados, e fiquei fã. Aclamado por «The Rotter's Club», Coe, em «A Casa do Sono», escreve sobre a intriga da memória e as oportunidades passadas, os passos perdidos e as mentes vagueantes, a crítica de cinema e aqueles que nunca dormem... «A Casa do Sono» é um labirinto que faz o leitor vasculhar mentalmente as páginas do livro à procura de pistas para o entendimento. Ou seja, é como um bom livro que nos desafia deve ser, jogando-nos do passado ao presente em apenas algumas linhas trocadas. E é estranho (ou não) como nos identificamos com aquelas personagens... Sim, sim, é um «tudo-nada» esquizo! A reler brevemente.