sábado, novembro 29, 2003

NIZE PRIZE 2

(Visto ninguém ter ganho o passatempo NIZE PRIZE 1, o prémio sobe para 2 copos à escolha no Lótus bar)
Quem emitiu seguinte opinião?

«Fumar é e será sempre um dos hábitos mais nocivos, além disso acho horrível o cheiro do fumo do cigarro ou de charuto, eu jamais ofereceria um charuto ou um cigarro a uma pessoa que estimo, pois estaria a fazer-lhe um desfavor. Está provado que os não fumadores vivem mais do que os fumadores, e que resistem melhor às doenças.»

HAIR METAL

Não percebo aqueles que rugem e cospem para o lado quando se fala nos Darkness. Especialmente quando, durante os 80's, fervilhavam com todas aquelas hair metal bands abichanadas que sempre menosprezei: Poison, Twisted Sister, WASP, e outras como os Bon Jovi no início, e mesmo os Kiss, os «machões» Judas Priest e Iron Maiden e Def Leppard. Certo que os Darkness têm algo de Queen até ao «A Day at the Races» - e não falo só dos catsuits!. Mas hoje, com outra idade, dando-me gozo «curtir» essas velharias de hard rock/heavy metal que nunca levei a sério, tento gostar das coisas na sua altura. Até porque tinha lidado de perto com os Led Zeppelin (que ouvia) e com os Deep Purple (que não ouvia). O mesmo se passou com o disco e o funk. Mas reparem, com menos 20 anos, era impossível para mim gostar simultaneamente dos Sex Pistols e dos Bee Gees, dos Joy Division e dos Chic! Hoje, felizmente, posso gostar de canções indiscriminadamente do estilo, e inclusivé dar-me ao luxo de me divertir com a música - pecado dos 80's urbano radicais! - e até soltar algumas gargalhadas, sem no entanto menosprezar nenhuma banda ou artista. E gostar dos Libertines ainda que me façam lembrar os Jam e os Clash, dos Strokes mesmo que remetam para os Velvet e Stooges, da PJ Harvey que sempre decalcou a Patti Smith, dos Oasis que seguem a Bíblia dos 2 de Liverpool (para quando a separação e carreiras a solo?), e agora até dos Darkness que me lembram early Queen meets AC/DC meets Spinal Tap! E para quem não gostar de Darkness - que é seguramente quem se leva demasiado a sério - sempre pode continuar a ter mau feitio e a ouvir pós grunge nu metal!

sexta-feira, novembro 28, 2003

ME GUSTA ESPANA

Não, não é só uma questão de maior capacidade de investimento, é também uma questão de nice marketing.
Recebo, inesperadamente, uma encomenda de Santander (não, não é o banco!) e abro-a como um puto na noite de Natal. O que será isto?
Nada mais que uma mini caixa de Monte Cristo Nº2, a reboque de uma carta de apresentação de venda de charutos online, vindo dum ex-gestor de um site onde há tempos encomendei, espaçadamente, nem meia dúzia de caixas de puros havanos.
Quem, cá em Portugal, faria isto? Nem todos oferecem copos em blogs eh eh...

NIZE PRIZE

A sério, 1 copo à escolha no Lótus bar para quem adivinhar o autor de tais frases:
«Interessa-nos mais Angola e Moçambique, e até o Brasil, que é uma nação independente há mais de um século, mas que durante mais de três séculos fez parte de nós. A nossa posição atlântica impõe-nos, pois, limites à colaboração europeia, quando essa colaboração se revista de formas de destruição daquilo que somos e a integração naquilo que não nos interessa ser.»

quinta-feira, novembro 27, 2003

RED BALLS

Estou completamente viciado no campeonato inglês daquela espécie de snooker com uma data de bolas vermelhas... Via Eurosport (live!), é o melhor relax screen desde o aquário chinês! E que grandes artistas do taco...

OPCFII

Nunca fui operado, nem gostaria de ser - a não ser a operação às amigdalas, aos 5 anos, mas essa não conta porque me deram gelado ao acordar. O namoro - ou diria assédio - já dura há tempos... Primeiro foi aquele convite em Madrid para timoneiro, que declinei... Depois tenho tentado evitar a exposição que a operação dá, recusando a operação por várias vezes, até porque participei em outras operações embrionárias do género, e para falar verdade, não há grandes surpresas - infelizmente - ou revelações que se aguentem no pós-operatório. Mas agora surgiu a altura em que razões promocionais falam mais alto. Há uma grande hipótese da operação ter lugar a 14 ou 21 de Dezembro. Se bem que possamos escolher a anestesista, e, afinal, estou a falar em nome de uma equipa de cirurgiões e não como operado... A ver vamos.

WEDNESDAY LOST NIGHT

Estou a ver, na TVI, um «cartaz das artes», com o João Paulo Sacadura, e são duas e meia da manhã. Já deu cinema, teatro, dança, animação... Então e a música? Será que vai acabar com um videoclip? E eu que troquei uma giRRRl power no Lótus por isto! Mas espera aí... nem sequer o videoclip! Raios***%%$#!

terça-feira, novembro 25, 2003

PACTOS PARA QUÊ?

Antes PATOS! O pacto de estabilidade da UE só serve para os patinhos da UE? A Alemanha e França não sofrem consequências ao ultrapassarem o défice máximo previsto no acordo? Então e nós, andamos aqui a sofrer para quê, para quem? Ainda há quem acredite nesta nova aliança franco-alemã? Oú est la Resistance?

BILLY, THE KILL

Valeu a pena a espera. Ou quando o kitch deixa de ser kitch, e o chunga passa a neoclássico post-mortem moderno. CINEMA Tarantino. Não posso esperar pelo vol.2! Quantas horas vou perder até lá?
Tarantino é dos poucos cineastas que consegue o pleno: acção, enredo, violência pictórica, banda sonora, fotografia, filosofia, provocação, humor, erotismo subliminar, manga, guarda roupa, cenografia, montagem, estilo, design, guião... Há aí alguém que não goste de «Kill Bill»? Se houver, terá que se haver comigo (Duelo marcado para noite mágica de nevão, ao som de «Please don´t let me be misunderstood»)!

BLOGBUG

Avisou-me outro wallblogger: por vezes o scroll não cumpre a sua função. Há que minimizar a janela e maximizar, por esta ordem ou a inversa, que a totalidade dos posts vê a luz do écran.

ONE MORE CHANCE ou ONE MORE TIME?

No one is innocent, cantava Ronald Biggs, recuperado pelos late Pistols, durante um breve encontro no Rio de Janeiro. Pee-Wee Herman, também ele recuperado por Murphy Brown, foi uma das primeiras figuras do imaginário infantil a borrar a maquilhagem. Jackson, muito mais carregado, desbotará mais evidentemente? No one is innocent até prova em contrário, dizem os nossos dias. Cruz, Pedroso, Bibi, Pipi... O pré-julgamento dos media é uma autêntica espada de Dâmocles sobre a cabeça dos visados, seja o veredicto qual fôr. So Heal the world, we are the children, vitiligo aparte, quem lava mais branco do que a imprensa? Sim, que o dinheiro quando é lavado perde a cor. Será que este ano a crise socio-político-moral-económica internacional é tão grande que até querem dar cabo do nosso Natal?! Deus os livre.
Na Fnac perco a noção dos lançamentos da quadra. Os DVDs são mais que muitos, mais que os Cds, mais os Cds com DVDs e Super Audio Cê Dês. Freedom of Choice? Impossível, nunca da múltipla oferta sai a escolha certa. Passo para os livros e evito capas coloridas, i.e., com mais de 2-3 cores. Leio em poucos minutos «O Menino Jesus, a Salvação e os Doutores», não sei se por esta ordem, do Luiz Pacheco. Consulto o top de vendas. Nunca da escolha colectiva sai a escolha decisiva. É por isso que as colectâneas em CD agora trazem originais, invenção não registada de um grupo pt circa 95.
My Michael nunca o foi, passou-me ao lado, mas não deixo de sentir simpatia pela auto-escultura inflingida do artista. Haja o que houver, custar-me-á muito a acreditar. Mas, enfim, in our wildest dreams, somos o inferno na terra. One more chance/time, quando é que pára o perdão? Génios ingénuos? Já vi...

segunda-feira, novembro 24, 2003

K.O.COMPUTER

É cí­clico. Seja devido a um ví­rus ou a uma exploração tecnológica mal acabada, há alturas em que perdemos o contacto físico com o nosso computador. Horror! À espera do final da reparação, andamos angustiados e sem paciência para humanos. E quando «ele» chega...
Se o reparador conseguiu recuperar toda ou quase toda a data, a vida continua como dantes, como se um momento freeze (não é a bebida!) tivesse pausado a acção das nossas vidas, e depois tudo continuasse do mesmo momento. Agora se o reparador não foi um recuperador...
Renascimento. Quando se perde alguém ou algo, sentimo-nos estranhamente mais leves. Seja a bagagem, sejam os e-mails do ano em curso mais os ficheiros em que se esteve a trabalhar nos últimos meses (que teimamos em não guardar numa drive externa), há uma espécie de alí­vio que advém da perda do que julgávamos vital mas afinal não o era assim tanto.
Reconstrução. Reconstruir é chato e leva sempre a resultados diferentes daquilo que se perdeu. Por isso, mais vale fazer novo em vez de fazer de novo. A leveza que sentimos com a perda leva-me a pensar se a felicidade não estará mais perto de uma situação em que tudo perdemos do que noutra em que tudo alcançamos.
Convencendo-me disso a  priori, vou perder mais algumas horas à espera que o técnico informático me telefone...

domingo, novembro 23, 2003

O STATUS DANAÇÃO#1

Não adianta que seja um livro ou um disco a distrair-nos daquilo que parece má ficção europeia. Não vale a pena enfiarmo-nos horas seguidas em salas de cinema, pois quando enfrentamos a luz do dia, ou a dos candeeiros, o país está lá na mesma, e na mesma. E quanto à TV-alienação da nação, já há muito que ultrapassou o próprio dia-a-noite do cidadão comum. Então, desde o desabafo «enresinado» ao comentário resignado(?), tudo vale na colecção STATUS#:

Os estudantes querem mais dinheiro para gastar nas suas vidas, isto é, nas suas vidas pós-horá¡rio «laboral». Tudo bem, há que lutar pelos direitos adquiridos e de adquirir, ou não vivessemos numa sociedade a caminho do ultra-liberalismo... Só que a bandeira desfraldada das propinas prejudica a luta lúcida pela presença da associação de estudantes, com o peso que deveria ter, nos novos orgãos de gestão financeira das «novas» escolas. O que é que se aprende nos livros? Basta ouvir as declarações do treinador francês dos sub-21 para percebermos que nunca os irmãos franceses - e ainda menos os primos alemães - serão nossos familiares próximos na UE. Estaremos sempre confinados à pequenez do nosso rectângulo, no entanto de valor crescente para o amigo americano. Pena que Salazar tivesse recuado na deslocação da capital para Angola, que agora tudo seria diferente. Esse é outro dos nossos problemas fatais: a (in)digestão de Salazar. A própria Ministra Leite, honesta e trabalhadora obcecada, quis atrapalhar a esquerda parlamentar largando este «nome» à  Assembleia, no encerramento do debate sobre o O.E.. Saibam vossas excelências que este nosso ditador, pulha para os mais populistas, pensou seriamente em legalizar a prostituição, a bem da nação. Dotar a actividade de bem estar, higiene e esperança de vida, com muitas razões patrióticas em jogo: a manutenção dos casais portugueses, a iniciação segura dos mais novos e um escape para a energia criada pelas fantasias sexuais do corpo masculino, que canalizada para essa freguesia sempre ia impedindo alguns de frequentarem as reuniões cladestinas de proto-polí­ticos ainda imberbes como Cunhal e Soares... Cada vez gosto mais das atitude e discurso do juiz Rui Teixeira. Como me parece um oá¡sis em deserto luso!... JFK all over! Ao menos digam-nos, duma vez por todas, quem matou Sá Carneiro e Amaro da Costa! O mal de todo o português, chegado aos 40, é achar que se deve tornar num comentador, que tem algo que deve ser dito sobre algo. Ainda estou de fora, e tenho alguns anos - poucos - para desistir de «tratar» dos assuntos directamente. Peço-vos, oiçam, duas vezes por ano «FMI», de José Mário Branco, o nosso anarquista preferido. Repito a receita anualmente e saio sempre a ganhar. Peço-vos, se querem perceber porque são portugueses aqui, oiçam, na í­ntegra, «FMI». Depois digam coisas...

segunda-feira, novembro 17, 2003

DEIXA ESTAR...

«Let It Be - naked» é lançado hoje. Para quem não saiba, é a versão do dito que os Beatles teriam lançado se o mago Spector não lhes tivesse trocado as voltas. Phil Spector orquestrou os Beatles contra a sua vontade, flirtou com Lennon após o sucedido, apontou armas aos Ramones em estúidio... É autor de um dos mais inspirados discursos de aceitação do Mercury Award pelo seu contributo para a Indústria, há uns anos atrás: «Vocês cá tem agora esta coisa das Spice Girls... Nós ,na América, já temos a pornografia há muito tempo.».
Spector é um génio. Louco. Neste momento, a braços com a justiça, devido ao facto de uma jovem actriz ter aparecido morta em sua casa com um tiro na cabeça, enfrenta a ferros a sua própria alienação pop. Culpado ou inocente?
aparte: «Nude» é o título do novíssimo - e melhor!- disco dos Ramp. É ouvir, a começar pela «beleza» do package.
Mas voltando ao quarteto de Liverpool - e não se volta sempre? - Spector será culpado ou inocente da versão final do disco? É isso que este lançamento vem tirar a limpo. Cá para mim, existirão agora dois grandes «Let It Be's». Um com o artista-produtor que Spector sempre foi, outro sem ele, com a banda «nua».

domingo, novembro 16, 2003

ISTO NÃO É UM COMEÇO?...

Pois é, caras senhoras e senhores, cansado da divisão mental a que anteriores blogs me obrigavam, começa aqui este blog em nome próprio, frontal e honesto, imprevisível e arriscado. É a hora.