HAIR METAL
Não percebo aqueles que rugem e cospem para o lado quando se fala nos Darkness. Especialmente quando, durante os 80's, fervilhavam com todas aquelas hair metal bands abichanadas que sempre menosprezei: Poison, Twisted Sister, WASP, e outras como os Bon Jovi no início, e mesmo os Kiss, os «machões» Judas Priest e Iron Maiden e Def Leppard. Certo que os Darkness têm algo de Queen até ao «A Day at the Races» - e não falo só dos catsuits!. Mas hoje, com outra idade, dando-me gozo «curtir» essas velharias de hard rock/heavy metal que nunca levei a sério, tento gostar das coisas na sua altura. Até porque tinha lidado de perto com os Led Zeppelin (que ouvia) e com os Deep Purple (que não ouvia). O mesmo se passou com o disco e o funk. Mas reparem, com menos 20 anos, era impossível para mim gostar simultaneamente dos Sex Pistols e dos Bee Gees, dos Joy Division e dos Chic! Hoje, felizmente, posso gostar de canções indiscriminadamente do estilo, e inclusivé dar-me ao luxo de me divertir com a música - pecado dos 80's urbano radicais! - e até soltar algumas gargalhadas, sem no entanto menosprezar nenhuma banda ou artista. E gostar dos Libertines ainda que me façam lembrar os Jam e os Clash, dos Strokes mesmo que remetam para os Velvet e Stooges, da PJ Harvey que sempre decalcou a Patti Smith, dos Oasis que seguem a Bíblia dos 2 de Liverpool (para quando a separação e carreiras a solo?), e agora até dos Darkness que me lembram early Queen meets AC/DC meets Spinal Tap! E para quem não gostar de Darkness - que é seguramente quem se leva demasiado a sério - sempre pode continuar a ter mau feitio e a ouvir pós grunge nu metal!
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