terça-feira, novembro 25, 2003

ONE MORE CHANCE ou ONE MORE TIME?

No one is innocent, cantava Ronald Biggs, recuperado pelos late Pistols, durante um breve encontro no Rio de Janeiro. Pee-Wee Herman, também ele recuperado por Murphy Brown, foi uma das primeiras figuras do imaginário infantil a borrar a maquilhagem. Jackson, muito mais carregado, desbotará mais evidentemente? No one is innocent até prova em contrário, dizem os nossos dias. Cruz, Pedroso, Bibi, Pipi... O pré-julgamento dos media é uma autêntica espada de Dâmocles sobre a cabeça dos visados, seja o veredicto qual fôr. So Heal the world, we are the children, vitiligo aparte, quem lava mais branco do que a imprensa? Sim, que o dinheiro quando é lavado perde a cor. Será que este ano a crise socio-político-moral-económica internacional é tão grande que até querem dar cabo do nosso Natal?! Deus os livre.
Na Fnac perco a noção dos lançamentos da quadra. Os DVDs são mais que muitos, mais que os Cds, mais os Cds com DVDs e Super Audio Cê Dês. Freedom of Choice? Impossível, nunca da múltipla oferta sai a escolha certa. Passo para os livros e evito capas coloridas, i.e., com mais de 2-3 cores. Leio em poucos minutos «O Menino Jesus, a Salvação e os Doutores», não sei se por esta ordem, do Luiz Pacheco. Consulto o top de vendas. Nunca da escolha colectiva sai a escolha decisiva. É por isso que as colectâneas em CD agora trazem originais, invenção não registada de um grupo pt circa 95.
My Michael nunca o foi, passou-me ao lado, mas não deixo de sentir simpatia pela auto-escultura inflingida do artista. Haja o que houver, custar-me-á muito a acreditar. Mas, enfim, in our wildest dreams, somos o inferno na terra. One more chance/time, quando é que pára o perdão? Génios ingénuos? Já vi...