sexta-feira, dezembro 17, 2004

cavalo de tróia, disse ele

sim foi o que tinha pensado e depois ele afirmou: a entrada da turquia na ue será o cavalo de tróia do islamismo na europa. e sim não me custa nada a aceitar essa afirmação ligeiramente xenófoba e estremamente racial- e não racista. há 50 anos que os turcos não se integram na alemanha (lembremo-nos daquele caso que o pai turco pegou fogo com gasolina à filha e ao namorado alemão) e dificilmente o farão à escala europeia. alguém dizia na tv que é uma questão de verniz, de camadas de verniz... continuamos a não aceitar as nossas diferenças, pois há algo a que se convencionou chamar direitos humanos. o islamismo e o liberal-cristianismo estão e estarão de costas voltadas para todo o sempre, basta pensar nas raízes à flor da pele que cada ramo transporta, para entender, mas e as pessoas? sim, as pessoas? a globalização tem destas manhas: não há pessoas, apenas interesses colectivos. é a pior fase do sonho marxista-leninista, o fim do indivíduo para o bem da classe. o durão até lhe apetece estender as fronteiras a leste e poder contar com o titânico exército turco para a execução das directivas da união a que preside - porventura esquece-se que pode muito facilmente ficar refém deste exército, tal como o está agora em relação aos usa. a conversa de que será a aproximação do mundo ocidental e democrático ao mundo islâmico - bastando para isso reconhecer o chipre!!! então e o resto??? - e que com isso se desvanecerão as diferenças civilizacionais que levam ao fanatismo e terrorismo é de uma naiveté atroz, e mesmo falsa, ou não soubéssemos que os verdadeiros interesses por trás são outros. por uma vez, oiçam o kadhaffi. eu, deste lado, continuo a não gostar da fusão na world music.