Train in Vain?
São, sem dúvida, os sucessores da troupe Phyton. A série Big Train, aliás, segue os mesmos princípios: sketches com aquele humor britânico non sense que continua avant garde passados trinta anos... Mas Big Train irrita-me profundamente, depois de largos minutos de pura diversão e estímulo intelectual: é que percebo o quão longe estão os novos comediantes portugueses destes exercícios de humor, e ponho logo em causa, inflamadamente, o adjectivo de génio que começa a ser usado por dá cá aquela palha na imprensa amiga portuguesa. E irrita-me porque gostava que pudéssemos «competir» à altura com o que continua a vir lá de fora pela janela grande. Uma questão de tempo? Ou de génio? We shall see... Se compararmos com a música, onde já vamos conseguindo competir em termos inspiro-qualitativos, e onde apenas levamos 20 e poucos anos de trabalho, o humor português tem um percurso muito anterior mas também muito mais «quebrado». E sim, também sou daqueles que continuam a achar os filmes do Vasco Santana e Cia. o melhor que se fez por cá, juntamente com os discos ao vivo nas revistas do Solnado mais o ímpeto criativo dos primeiros tempos do Tal Canal...
Agora, dêem-me o People Like Us ou o Big Train anytime e não me obriguem a chamar «génio» a nenhum tipo com problemas capilares mal resolvidos ou filiações partidárias muito, mas mesmo muito duvidosas, hehe...
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