ask the bomb
Cada vez mais me parece que estes blogs têm as noites contadas. Por minha parte necessito cada vez menos desta comunicação instontânea, umas vezes tonta, outras tânea. Não valeria a pena perder as horas noutra actividade que ficasse para a posteridade? Na 2, discute-se os blogs. Passé. José Viegas fala com 3 pessoas, Alvim incluído. O representante da revista «Ilhas» diz que gosta dos blogs porque neles se pode falar mal (?). Que na sua revista não gosta de falar mal, i.e., de artigos a dizer mal de, mas que no blog isso já pode acontecer, visto o meio ser a mensagem, i.d.e. - isto digo eu - e por isso as coisas serem mais voláteis. Não quis dizer fúteis. E eu fico a não-pensar no que pensam os media dominantes da coisa. Eu acho que eles não sabem.
Apetece-me dar por encerrado este blog, amanhã tenho de trabalhar cedo. E este ano tenho de fazer e refazer muita coisa. Apetece-me dizer Sorry, folks, no time this time!
Mas não sei, ou como se dizia em terras de Vera Cruz, Eu acho que não sei.
Entretanto, Espanha dá uma pequena volta, e penso como é previsível o ser humano. Quando a sua cauda arde, todo o animal muda de pele, isto é um ditado da antiga China inventado agora. Penso na verdadeira essência do ser egoísta. Sim, há sempre gente a morrer a cada instante, de violência em injustiça, de maldade em sacrifício. Mas, de preferência, bem longe do coração cerebral. É um mau princípio. E como deve ser estranho beneficiar de tragédia tal...
Não estou minimamente preocupado com o Euro e as questões de segurança: há sempre alguém que pode enfiar um revólver nas meias. E depois? A hora de alguém chega quando alguém decide algo, planeado ou improvisado. Chega.
Felizmente há música. Embora a grande escala da música ao vivo este ano me aborreça profundamente: gosto de ouvir música em pequenas caves, clubes de fumo ou, no máximo, pequenos auditórios, de modo que não tenho outra solução durante os próximos meses que não passe pelo afastamento. Afastamento das grandes cidades festivaleiras (excepção feita ao Bowie, Iggy & Stooges), grandes recintos desportivos, grandes eventos multidisciplinares! De volta ao casulo, onde o mais importante está a germinar. Mexer com os utensílios de cozinha. Voltar rapidamente a um destino que me mude mais um pouco, que ter deixado de usar relógio e beber café ainda não é o suficiente. E, definitivamente, largar os blogs e a sua «mainstreamização»...
Apetece-me dar por encerrado este blog, amanhã tenho de trabalhar cedo. E este ano tenho de fazer e refazer muita coisa. Apetece-me dizer Sorry, folks, no time this time!
Mas não sei, ou como se dizia em terras de Vera Cruz, Eu acho que não sei.
Entretanto, Espanha dá uma pequena volta, e penso como é previsível o ser humano. Quando a sua cauda arde, todo o animal muda de pele, isto é um ditado da antiga China inventado agora. Penso na verdadeira essência do ser egoísta. Sim, há sempre gente a morrer a cada instante, de violência em injustiça, de maldade em sacrifício. Mas, de preferência, bem longe do coração cerebral. É um mau princípio. E como deve ser estranho beneficiar de tragédia tal...
Não estou minimamente preocupado com o Euro e as questões de segurança: há sempre alguém que pode enfiar um revólver nas meias. E depois? A hora de alguém chega quando alguém decide algo, planeado ou improvisado. Chega.
Felizmente há música. Embora a grande escala da música ao vivo este ano me aborreça profundamente: gosto de ouvir música em pequenas caves, clubes de fumo ou, no máximo, pequenos auditórios, de modo que não tenho outra solução durante os próximos meses que não passe pelo afastamento. Afastamento das grandes cidades festivaleiras (excepção feita ao Bowie, Iggy & Stooges), grandes recintos desportivos, grandes eventos multidisciplinares! De volta ao casulo, onde o mais importante está a germinar. Mexer com os utensílios de cozinha. Voltar rapidamente a um destino que me mude mais um pouco, que ter deixado de usar relógio e beber café ainda não é o suficiente. E, definitivamente, largar os blogs e a sua «mainstreamização»...
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