segunda-feira, dezembro 15, 2003

IT AIN´T WHAT YOU DO...

É o modo como o fazes. A era do media message, o secar do fruto para que possa ser alterada a textura da sua pele. Por muito que se perca tempo a analisar, o que ressalta é a ligeira impressão estética interpretativa, parcialmente à medida.
Saddam está a ser observado pelo médico há 2 dias, em vigilância big brother, canal aberto para o mundo. A velha e débil Europa reclama, iludida, com novo assunto fresco entre os dentes, descartável.
O que sei: não se pode discutir nenhum assunto tendo em vista outros, não há graus de comparação. Levou anos, mas finalmente apercebi-me disso, dessa luz cega que nos permite analisar questões uma a uma, independentemente, questões que na globalidade nunca seriam analisadas seriamente.
Nas têVês ninguém diz nada que valha por si só. Só poeira, vento colectivo e pouca opinião própria. Sobre um assunto não se pode deitar outro, será que ninguém vislumbra que nada justifica nada? Não há pena de Hussein, não à pena de morte para Sad-damn!
Dulce et decorum est pro patria mori. Days in Europa. Os corpos nús de Mussolini e sua amante arrastados pelo solo da libertação. O postal final dos Ceausescus. Estamos mais civilizados. Hoje em dia já só queimamos bandeiras e derrubamos estátuas. E rosnamos ao próximo.