Don't beLIEve the hype...
Parece que cada vez mais o caminho é escolhermos uma mão cheia de pessoas que gostamos de ler por razões várias, e passarmos a ler apenas essas pessoas em vez dos média na(s) generalidade(s).
Isto a propósito de «A Queda», terceira versão cinematográfica das memórias de Traudl Junge, depois de «The Last Ten Days» (1973), com Alec Guinness, e de «The Bunker» (1981) com Antony Hopkins.
Tendo lido o livro de memórias da própria Traudl, «Até ao Fim:Um Relato Verídico da Secretária de Hitler», e também visto o DVD-entrevista «Blind Spot - The Secretary» (2002), fui curioso a uma daquelas sessões da meia-noite em que a sala de cinema se transforma na nossa sala de projecção particular... E o que tinha lido sobre o filme, inclusivé a famosa polémica do modo como Hitler é retratado no filme, acaba por ser uma mentira mediática pegada dos tablóides dos nossos dias, de quem fala mas não vê, de quem espalha a notícia que vem na onda...
Bruno Ganz, sim, é enorme, mas a sua interpretação de Hitler não transforma o ditador em nenhum ser simpático de carne e osso pelo qual possamos sentir qualquer tipo de afinidade. Pelo contrário, apercebemo-nos bem da loucura completa que atravessa os seus últimos dias, do alheamento e seguinte agravamento da sua tese ensaiada em «Mein Kampf». O mesmo se aplica aos mais próximos, que eternizam a sede da (própria)morte para lá da existência física de Adolf e do Reich.
Ganz, como já disse, é a maior razão para se ir ver este filme, mas os dois actores que vestiram a pele do lobo anteriormente também não ficam nada atrás, só no tempo...
E, por favor, não liguem ao que vem escrito um pouco por todo o lado sobre cinema e música, não comprem essas «verdades». Julguem por vós. Os realizadores de cinema e os autores agradecem...
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